Este Blog foi criado com o intuito de promover a discussão de assuntos relacionados a Gestão Esportiva e o Mundo dos Esportes.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Santos acerta patrocínio e terá Falcão no futsal
O Santos oficializou nesta terça-feira a criação de um time de futsal. A equipe terá apoio da prefeitura de Santos e patrocínio da Cortiana Plásticos, e o primeiro reforço de grande impacto será o ala Falcão.
Falcão tem 33 anos e foi o melhor jogador da última edição do Mundial de futsal, em 2008, no Rio de Janeiro. Ele vinha defendendo o Malwee/Jaraguá do Sul, que perdeu seu principal patrocinador e ainda não tem definição sobre a manutenção da equipe nas próximas temporadas.
“Montamos um projeto ousado, que conseguiu sensibilizar atletas de ponta como o Falcão e uma competente comissão técnica. E é fundamental observar que conseguimos parceiros que confiaram na ideia e a viabilizaram financeiramente, ou seja, o Santos não está tirando dinheiro do futebol para o futsal”, disse Armênio Neto, gerente de marketing da equipe alvinegra, ao site oficial do clube.
O futsal do Santos já tem presença assegurada no Campeonato Paulista e na Liga Futsal de 2011. O time alvinegro mandará jogos na Arena Santos, aparato de 11 mil metros quadrados e capacidade para cinco mil pessoas que foi construído em parceria por prefeitura e governo do Estado.
“É o amadurecimento da modalidade no Santos. Antes deste ano, o futsal tinha as categorias do sub-5 e sub-15 instaladas. Em 2010, montamos o sub-17 e o sub-20 e agora concluiremos o processo com a equipe adulta e profissional”, relatou José Maria Menano, diretor de esportes da equipe paulista.
A Cortiana Plásticos, anunciada nesta terça-feira como patrocinadora do clube, terá um papel determinante para a estrutura que a diretoria planejou. A empresa cederá ao Santos a vaga que ela detinha na próxima edição da Liga Futsal.
“O maior time de futsal do país é antes a maior união esportiva/administrativa entre clube e investidor já registrada na história do futsal brasileiro. Farroupilha e Santos se aproximam neste contexto, tornando-se cidades-irmãs”, projetou Flávio Daniel Cortiana, presidente da empresa.
Neste ano, o Cortiana/AFF terminou a primeira fase da Liga Futsal na 18ª posição entre 21 clubes. A equipe que cedeu vaga ao Santos superou apenas Anápolis/Futsal Superbolla, SPFC/Bebedouro/Construban e Unisul/Seguridade
FONTE: MAQUINA DO ESPORTE
Bradesco é primeiro patrocinador local do Rio-2016
O acordo ratifica uma forte aposta do Bradesco no esporte nacional. O banco chegou a instalar um painel luminoso no Rio de Janeiro em 2009 para mostrar que apoiava o projeto da cidade para receber os Jogos Olímpicos, e depois acertou contratos com as confederações nacionais de basquete, judô, natação e rúgbi.
“Foi a vitória da união. Aos olhos do mundo, será a celebração de um Brasil da agenda positiva, da modernidade, do trabalho, da inclusão social e do desenvolvimento econômico. Para nós, do Bradesco, representa um privilégio e uma emoção participar lado a lado desse grande momento da vida brasileira”, ponderou Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente-executivo do banco.
As seguidas investidas do Bradesco no segmento esportivo também representam um contragolpe. O banco perdeu a liderança de mercado no Brasil com a fusão dos rivais Itaú e Unibanco, e o novo primeiro colocado do país patrocina a seleção brasileira e a Copa do Mundo de futebol de 2014, que também acontecerá no país.
A grande diferença entre patrocínios à Copa do Mundo de futebol e aos Jogos Olímpicos é a exposição. No caso do torneio organizado pela Fifa, parceiros comerciais têm espaço em placas e propriedades estáticas no interior das arenas, com visibilidade nas transmissões televisivas. Esse tipo de atributo não é explorado em Olimpíadas.
A principal oferta dos Jogos Olímpicos, portanto, é o bloqueio de segmento. A partir do contrato, o Bradesco poderá explorar comercialmente a imagem de ser o único banco a ter parceria oficial com o evento do Rio de Janeiro.
“O Bradesco apresentou a melhor proposta, que contempla projetos de apoio ao desenvolvimento do esporte olímpico brasileiro e de promoção dos Jogos Olímpicos Rio 2016 no país”, disse Leonardo Gryner, diretor-geral do comitê Rio-2016.
O contrato do Bradesco com o comitê foi oficializado nesta segunda-feira, em reunião que ocorreu na sede do banco, em São Paulo. Na quinta, o comitê organizador dos Jogos apresentará oficialmente no Rio de Janeiro o plano comercial da competição e dará detalhes sobre o acordo.
“O apoio do Bradesco aos Jogos Olímpicos Rio 2016 é a nossa maneira de demonstrar confiança na capacidade empreendedora do povo brasileiro e da cidade do Rio de Janeiro. Será uma das melhores Olimpíadas da história”, opinou o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão.
FONTE: MAQUINA DO ESPORTE
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Após 10 anos, Malwee deixa o futsal de Jaraguá do Sul
CAROS AMIGOS,
Confiram nota veiculada po EDUARDO LOPES, do site maquina do esporte:
Jaraguá do Sul, ainda em festa pelo tetracampeonato da Liga Futsal, deverá ficar órfão do time do astro Falcão. Desde 2001, a equipe contava com o suporte da Malwee, que resolveu deixar temporariamente o esporte. Para 2011, não está previsto no orçamento da empresa novos investimentos na área.
Após sucessivas renovações, o contrato entre a empresa e a Associação Amigos do Esporte Amador de Jaraguá do Sul/SC, que tinha duração até dezembro de 2011, foi rompido. A verba destinada ao time para o próximo ano, no entanto, já havia sido repassada. Oficialmente, o rompimento foi amigável.
Em um comunicado da empresa, a parceria é considerada “um dos mais bem sucedidos cases de marketing da história do futsal brasileiro”. Além dos títulos, a empresa destaca a ajuda na “formação de profissionais” e também no cumprimento de um “compromisso social”.
Apesar da saída do time de futsal, a empresa deve manter alguns investimentos sociais na cidade de Jaraguá do Sul. Há no município, por exemplo, o parque Malwee e um hospital público que recebe verbas da empresa.
A equipe de Jaraguá se despede do patrocinador na Taça Brasil da Série A, torneio que também conta com o suporte da Malwee. Após o dia 5 de dezembro, quando termina a competição, a equipe ficará com o seu futuro incerto.
FONTE: MAQUINA DO ESPORTE
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Austrália fará seminário de negócios do esporte no BR
CONFIRAM CURSO QUE GOVERNO AUSTRALIANO IRA REALIZAR NO BRASIL NO PROXIMO DIA 26:
O governo da Austrália e a São Paulo Chamber of Commerce, órgão ligado à Associação Comercial de São Paulo (ACSP), promoverão na próxima semana um seminário sobre negócios do esporte. O evento acontecerá na sexta-feira (26), entre 14h e 18h, e precederá uma rodada de negócios para empresas australianas que investem no segmento da atividade física profissional.
O evento acontecerá na sede da ACSP, no centro de São Paulo. A inscrição é gratuita, mas deve ser feita com antecedência. Serão debatidos temas como a experiência da Austrália com megaeventos esportivos e como isso pode ser usado na preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
A programação ainda visa demonstrar oportunidades de negócio para empresas australianas que já estão estabelecidas no Brasil ou que pretendem entrar no mercado local durante a década atual.
Para mais informações, acesse o site oficial do evento: http://tr.virtualtarget.com.br/index.dma/DmaPreview?318.123.45041.009e6d2b3c55a5a42833a171938d0c92.1.
FONTE: MAQUINA DO ESPORTE
JOINVILLE PRETENTE BANCAR BASQUETE COM BILHETERIAS
CAROS AMIGOS,
Confiram nota veiculada no site MAQUINA DO ESPORTE por RODRIGO CAPELO
Apesar de estar à frente de rivais no quesito arrecadação com bilheterias, o Araldite/Joinville não incentiva internamente a expectativa por lucro com as partidas realizadas em casa. O objetivo, na verdade, é que a verba levantada seja suficiente para bancar as despesas do próprio jogo.
"Nosso princípio é que há custo para o evento, como ambientação, segurança, infraestrutura, entre outros, então nossa meta é que essas despesas sejam pagas pela bilheteria", explica o diretor de basquete da equipe, Luis Silva, sócio da Vo2 Marketing, agência especializada em marketing esportivo.
Obviamente, de acordo com o dirigente, há partidas que geram superávit, especialmente quando o adversário tem tradição no basquete nacional. "A demanda por equipes como Franca e Pinheiros naturalmente cresce, e o ginásio tende a estar cheio, porque o adversário é qualificado", afirma.
Após arrecadar R$ 3,6 mil na estreia, contra o Itabom/Bauru, e R$ 1,7 mil, diante do Assis Basket, a perspectiva do Joinville é manter taxa de ocupação acima de 80%. Para cumprir esse número, o clube também conta com o apoio da Apolo Sports, fabricante de materiais esportivos
FONTE: MAQUINA DO ESPORTE
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
CONTRIBUA COM ESTA AÇÃO
terça-feira, 12 de outubro de 2010
ADVENTURE CAMP ORGANIZARA EVENTO EM CARAGUÁ DIA 16 E 17 DE OUTUBRO
O Circuito Adventure Camp é composto por quatro eventos anuais. Em cada evento temos no primeiro dia a escola de aventura (aulas teóricas e práticas) para atletas iniciantes e no segundo dia uma corrida de aventura para uma vasta gama de atletas que vai desde os profissionais aos iniciantes que nunca praticaram esporte. Mistura gostosa que deixa o evento com um toque de estréia e outro de prova profissional simultaneamente.
Na escola de aventura, atletas profissionais e especialistas na área treinam juntos e compartilham seus conhecimentos nas modalidades envolvidas e treinam numa corrida de aventura: MOUNTAIN BIKE, TREKKING, CANOAGEM, ORIENTAÇÃO E VERTICAL. No domingo, todos se encontram nas trilhas e rios do percurso, sempre inédito e recheado de decisões estratégicas.
Desenvolvemos diferentes categorias de provas para que cada participante possa se engajar em um desafio que melhor se adéqüe a suas habilidades e aspirações. Cada prova é desenvolvida cuidadosamente para que os atletas mais experientes possam testar suas habilidades em uma excitante corrida contra o tempo, e os iniciantes experimentar uma forma divertida e desafiadora de desenvolver o corpo, o raciocínio lógico e o espírito de grupo em um ambiente de grande harmonia com a natureza.
O Circuito Adventure Camp é reconhecido desde 2002 por sua excelente organização e profissionalismo. Contamos com um staff de aproximadamente 100 colaboradores que garantem a excelente qualidade das provas.
Espírito de aventura, disposição, desejo de sair descobrindo matos e matas e amor pela natureza são os requisitos necessários para fazer parte de um de nossos eventos. As inscrições podem ser feitas pelo portal Webventure até o dia 13 de Outubro de 2010, veja mais informações abaixo.
Organização
sábado, 9 de outubro de 2010
SEM PETROBRAS, HANDEBOL CORTA GASTOS E DIVIDE APORTES
O efeito mais claro e imediato é o corte de gastos. A despeito de ter negociações em andamento, a CBHB não acredita que conseguirá fechar algo ainda neste ano. Por conta disso, a entidade analisou procedimentos de dia a dia a fim de ver onde era possível enxugar - a única receita fixa na atual temporada é o repasse da Lei Agnelo/Piva.
“É uma receita que você deixa de ter. Você precisa cortar atividades, deixa de treinar algumas coisas que estavam previstas. Nada que prejudique o total, mas é preciso fazer uma adequação”, contou Fabiano Redondo, assessor de marketing da CBHB.
Outra consequência do fim do acordo com a Petrobras foi a divisão de cotas, o que a CBHB tem tratado como “projetos”. O aporte da estatal contemplava seleções nacionais, minihand e, até dois anos atrás, a Liga Nacional. A partir de agora, cada um desses negócios será vendido separadamente.
No caso dos projetos de patrocínios existe outra novidade. A CBHB também procura aportes exclusivos para o projeto da entidade para os Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro.
“Estamos conversando com poucas empresas, até porque não disparamos isso para o mercado. Conversamos com uma ou outra marca, mas sempre priorizando possibilidades reais”, completou Redondo.
A ideia da CBHB é que o desmembramento dos projetos pode fazer com que a confederação lucre até mais do que ganhava na época do patrocínio da Petrobras. O problema é a falta de prazo – a seleção masculina vai disputar o Mundial em janeiro.
O último contrato com a Petrobras, assinado em 2009, rendeu R$ 1,65 milhão aos cofres da CBHB. No entanto, a negociação se arrastou durante o ano e o acordo não teve duração de um ano. A última temporada cheia de aporte foi a anterior, na qual a estatal desembolsou R$ 2,3 milhões para estar atrelada à entidade.
No início deste ano, a CBHB e a Petrobras chegaram a conversar sobre uma possível renovação. Contudo, a empresa pretendia incluir o aporte em Lei de Incentivo ao Esporte, possibilidade rechaçada pela entidade.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
BRASIL TERÁ CONGRESSO SOBRE TRANSPORTE NA COPA
Em agosto a International Business Communicationas (IBC) promoverá seminário sobre o gerenciamento do transporte para a copa de 2014 no Brasil:
Confiram maiores informações em nota da Máquina do Esporte:
A mobilidade urbana é um dos temas mais discutidos sobre reformas que o Brasil precisará fazer para receber a Copa do Mundo de 2014.
Pensando nisso, a International Business Communications (IBC) promoverá em agosto um seminário sobre o sistema de transporte para a competição. O evento acontecerá em São Paulo.
Com a exclusão do estádio do Morumbi, que seria a arena paulista na Copa do Mundo, a cidade deve rever completamente o planejamento relacionado ao transporte. Se um projeto em Pirituba for oficializado, por exemplo, a região precisará receber aporte para facilitar o acesso de turistas.
As necessidades de uma cidade para transportar turistas durante a Copa serão tema do congresso, que acontecerá entre os dias 25 e 27 de agosto. A agenda de debates também passará por PAC, rede de fiscalização, uso de dinheiro público e o que pode ser feito com as obras depois do Mundial.
Os preços para participação variam entre R$ 1397,50 e R$ 4395 – a variação depende da quantidade de eventos em que o interessado deseja participar e a data do pagamento.
Para mais informações sobre o Brazil World Cup Congress, acesse o site oficial da IBC
FONTE: MÁQUINA DO ESPORTE
sexta-feira, 25 de junho de 2010
TERCEIRA ETAPA ADVENTURE CAMP SERÁ EM MOGI DAS CRUZES
BASQUETE METODISTA/SÃO BERNARDO SE CLASSIFICA PARA FINAL DO TORNEIO NOVO MILÊNIO 2010
A Metodista/São Bernardo garantiu classificação a grande final do Torneio Novo Milênio Adulto Masculino - 2010 ao derrotar o ACBD Rio Claro, na noite desta quinta-feira (24 de junho), por 76 a 74 (35 a 34 no primeiro tempo), em duelo realizado no ginásio Municipal Paulo Cheidde (Baetão), na cidade de São Bernardo do Campo (SP), válido pela quinta rodada da série melhor-de-cinco do playoff - semifinal.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
MORUMBI FORA DA COPA 2014 REABRE DISCUSSÃO SOBRE CUSTEIO DE ARENAS
Em última instância, quem vai pagar a conta de arenas para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil? Anunciado na última quarta-feira, o veto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador local (COL) ao Morumbi, estádio escolhido por São Paulo para representar a cidade no torneio, reaqueceu um debate sobre esse tema.
terça-feira, 15 de junho de 2010
BASQUETE METODISTA/SÃO BERNARDO INICIA LUTA POR VAGA NAS FINAIS DO NOVO MILÊNIO 2010
A equipe de Basquete Metodista/São Bernardo continua na luta pelo Bi Campeonato do Torneio Novo Milênio Adulto Masculino organizado pela Federação Paulista de Basketball.
A equipe dirigida pelo Técnico Sidney Coppini Junior e auxiliada pelo seu braço direito David Eduardo Pelosini inicia o primeiro confronto da série melhor-de-cinco diante da equipe ACBD Rio Claro nesta quinta-feira (17 de junho), às 20h00, em São Bernardo do Campo (SP).
De acordo com o regulamento, as equipes, uma em cada série, que primeiro totalizarem três resultados positivos, garantem classificação ao playoff-final.
Confiram os confrontos:
17 de junho (quinta-feira)
20h00 - Metodista/São Bernardo x ACBD Rio Claro, em São Bernardo do Campo (SP)
18 de junho (sexta-feira)
20h00 - Metodista/São Bernardo x ACBD Rio Claro, em São Bernardo do Campo (SP)
21 de junho (segunda-feira)
20h00 - ACBD Rio Claro x Metodista/São Bernardo, em Rio Claro (SP)
22 de junho (terça-feira) - se necessário
20h00 - ACBD Rio Claro x Metodista/São Bernardo, em Rio Claro (SP)
24 de junho (quinta-feira) - se necessário
20h00 - Metodista/São Bernardo x ACBD Rio Claro, em São Bernardo do Campo (SP)
Fonte: Frederico Batalha
Ginásio Municipal Paulo Cheidde (Baetão)
Rua Dona Júlia César Ferreira, 270, em São Bernardo do Campo (SP)
Telefone: (11) 4330-3671
sexta-feira, 28 de maio de 2010
FECHANDO O GOL PROMOVERÁ AÇÕES PARA A COPA DO MUNDO
CAROS AMIGOS,
Aproveitando o momento de Copa do Mundo a FECHANDO O GOL promoverá ações para empresas. Confiram a seguir maiores informações:
domingo, 2 de maio de 2010
UNESPORTE ORGANIZARÁ 9° FÓRUM INTERNACIONAL DE ESPORTES
O Fórum Internacional de Esportes é um evento marcante na área esportiva, sendo o único encontro no Brasil que propõe o debate de diferentes temas relacionados ao mundo do esporte e áreas afins.
PÚBLICO ALVO
O público alvo divide-se entre profissionais de educação física - da área escolar, técnica e de gestão, docentes universitários, acadêmicos ligados à área esportiva, dirigentes, autoridades, técnicos de órgãos governamentais, além de profissionais de diversos setores relacionados ao tema do evento: administração, comunicação, sociologia, direito, medicina, nutrição, fisioterapia, arquitetura e urbanismo, engenharia, psicologia, entre outros.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE E O SISTEMA DE GESTÃO DE PROJETOS
Ricardo Paolucci
Pouco mais de três anos após sua aprovação, a Lei de Incentivo ao Esporte (LIE – 11.438/06) começa a entrar numa nova fase. A preocupação inicial com a formatação dos projetos e suas respectivas aprovações junto ao Ministério do Esporte vão dando lugar a outro aspecto: como executar, controlar e prestar contas do que foi captado?
O momento da aprovação, repleto de alegria e comemoração, pode transformar-se numa bomba-relógio prestes a explodir no instante da prestação de contas e consequente análise pelo Tribunal de Contas da União.
Nunca é demais lembrar que o projeto surge da necessidade de resolver algum problema identificado ou incrementar ações que já são praticadas, mas que precisam de melhorias para atingir os objetivos desejados. Por isso, o orçamento previsto deve ser compatível com a realidade financeira do proponente. Uma instituição cujo orçamento anual seja próximo de R$ 1.000.000, poderá ter problemas para comprovar, por exemplo, um projeto da ordem de R$ 10.000.000.
É fato que determinadas áreas administrativas, de alguma forma, farão parte da realidade do projeto, entre as principais: finanças, contabilidade, suprimentos, recursos humanos, jurídico, comunicação e marketing. Por isso, a recomendação aos dirigentes das instituições proponentes é que, antes de optarem pela LIE, realizem um diagnóstico de viabilidade, levando em conta que o projeto deve adequar-se à estrutura existente, e não o contrário.
Mais do que o preenchimento dos formulários, a LIE exigirá dos responsáveis a aplicação dos conceitos de gestão e planejamento estratégico. Visando contribuir com a discussão, o quadro abaixo apresenta um resumo de todas as etapas que farão parte do processo.
O modelo proposto combina as funções da Teoria Clássica da Administração (planejamento, organização, direção e controle) com o conceito do Ciclo de Vida do Produto utilizado pelo marketing. Para o nosso caso, dividimos o ciclo em cinco fases: concepção, formatação, execução, controle e prestação de contas, assim detalhados:
1. Concepção – arte de pensar (planejamento)
Processo de criação e idealização do que se pretende realizar; diz respeito ao momento inicial, o brainstorming do projeto, devendo apresentar respostas para quatro questões:
* O que desejamos (o que será desenvolvido);
Uma sugestão é pensar no projeto do fim para o começo, ou seja, da prestação de contas para a concepção. Desta forma, quando surgir uma dúvida de como comprovar uma ação ou despesa, ficará mais fácil respondê-la.
2. Formatação – momento de estruturar (organização)
Definir a disposição e o aspecto de texto e imagens; depois de discutidas todas as possibilidades e necessidades, as ideias deverão ser redigidas conforme formulários disponibilizados pelo Ministério do Esporte, observando atentamente as instruções contidas em seus enunciados. Não se esquecer de anexar declarações e/ou informações que comprovem e justifiquem sua solicitação.
3. Execução – hora de realizar (direção)
Essa fase requer muita atenção e cuidado, pois deverá seguir exatamente os cronogramas – físico e financeiro – aprovados. Vale ressaltar que nenhum item poderá se modificado (incluído ou retirado) após sua aprovação. Portanto, antes de protocolar o projeto, tenha certeza de que todas as demandas foram atendidas.
4. Controle – atenção para acompanhar (controle)
Caberá ao proponente ter o domínio completo de todas as informações e documentos, incluindo extratos bancários, cadastro dos beneficiários diretos, clipagem (fotos e reportagens), notas fiscais, relação de pagamentos, relatório de receitas e despesas, processo de compras e contratação de bens e serviços.
5. Prestação de contas – transparência para comprovar (responsabilidade)
Ao final do prazo estipulado no termo de compromisso, o proponente deverá comprovar que todas as ações previstas foram cumpridas de acordo com a legislação. Por isso, a fase de controle é tão importante, pois, quando realizada de forma correta e organizada, não acarretará atrasos na entrega da documentação.
Convém citar que, obrigatoriamente, todos os projetos deverão passar por esse ciclo e para que isso ocorra da melhor maneira possível, faz-se mais do que necessária a presença de um profissional capacitado: o gestor de projetos. Além de zelar por todas as fases descritas, terá como outras atribuições o contato com técnicos do Ministério do Esporte (quando for o caso) e atualização constante com relação à legislação vigente.
Como pré-requisitos, além de uma formação específica e complementar (graduação, especialização), destacam-se a capacidade de planejamento (curto, médio e longo prazo), disciplina e organização, responsabilidade e transparência – sem contar que a paixão pelo esporte pode ser um grande diferencial.
Um aspecto que deve ser destacado é que esse profissional pode ser pago pelos recursos captados pelo próprio projeto, dentro do limite dos 15% estipulados para as despesas administrativas. Portanto, não há mais desculpas e nem motivos para reclamações. As regras são claras, porém, poucas instituições estão sabendo utilizá-las corretamente.
Durante muitos anos aguardamos por uma legislação que contemplasse o esporte não-profissional – e ela chegou. O momento é mais do que favorável, e o esporte, literalmente, é a “bola da vez” pelo menos até 2016. Por isso, cabe a todos nós, profissionais e apaixonados pelo esporte, zelarmos pelo bom uso dos recursos.
Os beneficiados? Crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, portadores de necessidades especiais, estudantes, atletas, brancos, pardos, afro-descendentes, índios, ONGs, escolas, prefeituras, clubes, federações, confederações, enfim, quem ganha somos todos nós. Amantes do esporte. Amantes do Brasil.
*Ricardo Paolucci é consultor da Incentive Projetos. Graduado em Administração de Empresas e Negócios, profissional de Educação Física, pós-graduado em Administração e Marketing Esportivo, mestre em Administração, Consultor e Gestor de Esportes e Entretenimento, foi também supervisor dos Projetos Incentivados do E. C. Pinheiros e premiado como “Gestor Esportivo de 2009” pela Confederação Brasileira de Clubes
Contato: paolucci@incentiveprojetos.com.br
quarta-feira, 28 de abril de 2010
I SIMPÓSIO DE ESTUDOS SOBRE O FUTEBOL
O Simpósio está dividido em conferências, mesas-redondas, comunicações individuais e sessões coordenadas. O público-alvo são docentes, pesquisadores e estudantes de diferentes áreas do conhecimento, mas que tenham em comum o foco de pesquisa no futebol, sua dinâmica e cultura, a partir do referencial das Ciências Humanas.
Pesquisadores que já confirmaram a participação nas conferências e mesas-redondas
SEM MARKETING, SÃO BERNARDO COMEMORA
São Bernardo se junta aos grandes times do estado de São Paulo conseguindo acesso para a Série A1 do Campeonato Paulista de futebol da proxima temporada. Confiram nota veiculada por Rodrigo Capelo para o site Maquina do Esporte:
Sem marketing, São Bernardo comemora
RODRIGO CAPELO Da Máquina do Esporte, em São Paulo
Promovido à primeira divisão do Campeonato Paulista no último sábado, o São Bernardo foi uma das maiores atrações da Série A2. O time do ABC teve média de 6.811 torcedores em suas partidas, mais do que a média de toda a elite na fase inicial (4,7 mil adeptos). E tudo isso sem um departamento específico de marketing.
terça-feira, 2 de março de 2010
PATROCÍNIO RECORDE TEM POUCAS FONTES
Na Folha de São Paulo deste sábado passado, dia 27, Paulo Cobos descreve sobre as principais fontes de patrocínios dos clubes de futebol brasileiros. Confiram reportagem a seguir:
Quase um terço dos R$320 mi que clubes devem faturar em 2010 com espaço nos seus uniformes vem de 4 empresas
Com estratégias diferentes Hypermarcas, Lupo, BMG e Embratel estampam suas marcas em quase 60 clubes, de pequenos a gigantes
Nunca os clubes brasileiros arrecadam tanto com publicidade em seus uniformes como em 2010. Mas o dinheiro não jorra de tantas fontes
Só quatro empresas – Hypermarcas, BMG, Embratel e Lupo – têm contratos para toda a temporada ou para jogos específicos de quase 60 clubes, ou mais de 10% de todas as equipes profissionais do país.
Esses superpatrocinadores, dependendo de negócios que ainda podem ser fechados, vão investir no futebol, no mínimo, R$ 85 milhões, valor que pode bater nos R$ 100 milhões.
Essa última cifra corresponde a quase um terço de toda a verba de patrocínio de clubes prevista para 2010, segundo levantamento da consultoria Crowe Horwath RCS, que estima em R$320 milhões, um recorde nacional, a receita gerada pelo patrocínio de uniformes.
A estratégia de estampar as marcas em muitos clubes é a mesma, mas os superpatrocinadores da bola nacional variam no nível das vitrines para a exposição das suas marcas.
A Hypermarcas, cujo portfólio de negócios vai de produtos alimentícios até remédios, passando por produtos de higiene, só quer saber de times de primeira divisão. São R$ 38 milhões para o Corinthians e outros R$ 3 milhões para o Goiás. Depois de acertar com o Botafogo apenas para a final da Taça Guanabara, pode estender o acordo para o resto do ano.
“Os times brasileiros possuem torcidas numerosas que vão as estádios, acompanham fielmente os jogos na televisão e literalmente vestem a camisa, ou seja, trazem grande visibilidade para a marca anunciada”, diz Gabriela Garcia, diretora de planejamento da Hypermarcas. Ela não revela o peso do patrocínio do futebol no total da verba de marketing do grupo.
O banco mineiro BMG é mais agressivo na procura de parceiros. Até o ano passado apostava em clubes médios como Atlético-GO e Coritiba (prossegue com eles em 2010). Também não esqueceu de seu quintal – patrocinava vários times pequenos de Minas. Mas a instituição resolveu virar gigante no patrocínio esportivo em 2010. São R$ 20 milhões, metade para cada um, destinados a Atlético-MG e Cruzeiro.
Só pelas mangas da camisa do time do Flamengo a BMG gastará R$ 8,5 milhões. Procurado pela reportagem o banco não se manifestou.
Mas em termos de procura de oportunidades, ninguém se mexe tanto como a Lupo.
A fabricante de cuecas e meias, que agora também esta no mercado de produtos esportivos, nem sabe direito quantos clubes patrocina.
“Acho que em 2010 são quase 30”, diz Valquírio Cabral Jr, diretor comercial de empresa.
Nessa conta não entram os acordos feitos para um só jogo, como estampar a marca no uniforme do Santos, na estréia de Robinho, ou no do uruguaio Racing, no duelo pela Libertadores contra o Corinthians.
Só nos dois primeiros meses do ano a Lupo gastou R$ 1,8 milhão com patrocínios. Esse valor, na pior das hipóteses, deve chegar aos R$ 4 milhões no final de 2010. E pode aumentar muito caso a empresa acerte um contrato com um time grande – no ano passado, chegou a fechar negócio com o Palmeiras, mas o clube recuou.
“Essa gente copiando a gente, e o mercado está inflacionado”, diz Cabral Jr., sobre a estratégia de outras empresas apostarem no patrocínio de vários clubes. O executivo dá um exemplo.” “Em 2009, patrocinamos o Corinthians na estréia de Ronaldo. Fizemos o mesmo com o Santos na volta de Robinho e pagamos 30% a mais por isso.
A Embratel estampa sua marca em mais de uma dezena de clubes de São Paulo e Rio Grande do Sul. Por meio de sua assessoria, e empresa se limitou a dizer que fazia isso por interesse nesses mercados.
OS 15 MAIORES NEGÓCIOS DO FUTEBOL
No dia 27 do mês passado saiu uma nota sobre os 15 maiores negócios deste começo de ano. Confiram a resportagem veiculada pelo site CIDADE DO FUTEBOL:
Contratos para transmissão da Euro-12 e nova patrocinadora do Milan são alguns dos destaques
Equipe Universidade do Futebol
Fevereiro foi um mês de grande atividade no que diz respeito à assinatura de novos contratos de patrocínio e de vários direitos de transmissão. A indústria do futebol continua em plena recuperação, com particular destaque para a renovação e a assinatura de contratos com a Fifa e a Uefa, tendo em vista os próximos grandes eventos de seleções.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
FGV REALIZA ESTUDO SOBRE PREÇOS DE PRODUTOS ESPORTIVOS NO BRASIL
Em notícia publicada neste sábado, 20 de fevereiro, EDUARDO OHATA, escreve para a FOLHA DE SÃO PAULO sobre estudo feito pela FGV (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS). Confiram a notícia a seguir:
Ferramentas, encomendada pelo Ministério do Esporte, servirá para a produção de orçamentos da pasta de organizadores de eventos
FGV encontra diferenças de até 100% em preços de materiais esportivos
O mesmo tipo de sunga de náilon é encontrado no Rio Grande do Sul por R$ 58,54 e em Pernambuco por R$ 32,49. Um aparador de chutes custa R$ 82,00 no Distrito Federal e R$ 126,14 no mercado gaúcho.
Bloco de saída de natação em inox oficial custa R$ 1.943,00. Já o bloco do tipo utilizado na Olimpíada de Pequim custa mais que o dobro: R$ 3.959,50.
Essas foram algumas disparidades detectadas pela Fundação Getúlio Vargas ao compilar base de preços médios de produtos esportivos no país. Segundo técnicos, a lista, encomendada pelo Ministério do Esporte, servirá para a confecção de orçamentos e será útil para evitar superfaturamentos.
Mais de 1.200 produtos, que vão de simples bolas de futebol, passando por jogos de barreiras ajustáveis utilizadas em provas de atletismo, chegando a serviços como a mão de obra para a montagem de um ringue de boxe, estão contemplados na lista. A nova ferramenta terá atualização a cada três meses.
A FGV trabalha na construção de um site por meio do qual será possível consultar os preços. Segundo o ministério, as informações poderão ser acessadas por quem organiza eventos, caso de prefeituras.
Técnicos do governo federal já realizam testes a fim de verificar a funcionalidade da lista.
A idéia surgiu depois dos jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, quando houve dificuldades na obtenção de preços de referencia de itens esportivos.
“ Esse projeto facilitará a criação de orçamentos de projetos e eventos do Ministério do Esporte. Trata-se de uma base de dados de preços de referencia de materiais esportivos”, argumenta Ricardo de Oliveira, consultor da FGV.
Apesar de oficialmente a tabela não ter sido criada com o objetivo específico de previnir a ocorrência de superfaturamento, dirigentes do Ministério do Esporte reconhecem que desempenhará essa função.
“ Hoje, quem pede auxílio [do ministério] para a compra de materiais volta com um recibo e pede ressarcimento”, explica Ricardo Leyser, responsável pelo alto rendimento do Ministério do Esporte. “De vez em quando, fica uma sensação de que um item que custou R$ 200 poderia ter custado R$ 50. A tabela servirá de parâmetro para verificar se o preço apresentado é justo ou não.”
“Acho que o objetivo é identificar se a verba do ministério está sendo bem administrada, verificar como está sendo usada, diz Coaracy Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.
A criação da tabela é o primeiro de diversos projetos do Ministério do Esporte em andamento que têm como objetivo o profissionalismo na gestão esportiva, a Folha apurou.
Uma dificuldade enfrentada pela FGV é que muitas confederações não trabalhavam com as especificações técnicas.
Suas indicações tinham como base as fabricantes dos produtos, o que criava margem para eventuais discrepâncias.
A metodologia da FGV seguiu algumas diretrizes. Para cada um dos produtos listados foram pesquisados os preços de quatro ou cinco marcas.
Com esses dados em mãos, foram descartados os preços mais baixos ou mais altos que pudessem causar distorções.
A pesquisa foi baseada em especificações técnicas (peso, material, etc.), e não marcas. E ela foi regionalizada. Foram calculados preços médios que servirão de valor referência de cada um dos itens.
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO
Escrito por Eduardo Ohata (Caderno Esporte - D4)
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
CORPORE BRASIL CONTARÁ COM A ESPN
NBB IRÁ CONTAR COM CAIXA, ELETROBRÁS E SPALDING
Parceira de organização da Liga Nacional de Basquete (LNB) no Novo Basquete Brasil (NBB), a TV Globo anunciou nesta sexta-feira que a venda de três cotas de patrocínio para a competição. Os parceiros são Caixa Econômica Federal, Eletrobrás e Spalding.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
SELETIVA BASQUETE METODISTA/SÃO BERNARDO CADETE E JUVENIL
A responsabilidade social na formação de atletas para o futebol – os princípios
Confiram artigo Publico no site CIDADE DO FUTEBOL por GERALDO RICARDO HRUSCHKA CAMPESTRI:
Geraldo Ricardo Hruschka Campestrini
A partir deste texto, delinear-se-á cada item da "Carta Internacional de Responsabilidade Social para a Formação de Praticantes no Futebol" (CIRESP-FUTE 2009) proposta por Campestrini e Cunha e apresentada anteriormente no portal Universidade do Futebol.
Esta discussão e reflexão sobre a responsabilidade social na formação de atletas para o futebol é deveras pertinente e é endossada pelo presidente da entidade máxima do futebol, Sr. Joseph Blatter, que proferiu discurso recente no Congresso anual da Fifa realizado em Nassau-Bahamas no começo de junho com os seguintes dizeres sobre a proteção aos menores: "It is our duty to the youth of the world to protect young players. We must do it together. Stop the slavery of these young players!".
A preocupação com aquilo que se classifica como a "escravização moderna" realizada pelos entes envolvidos com o futebol é o tema a ser aprofundado para novas considerações e atitudes por parte de clubes e entidades de administração da modalidade.
Neste escopo, a CIRESP-FUTE 2009, calcada nos princípios relacionados a proteção aos menores (crianças e adolescentes), participantes de processos de formação de atletas para o futebol, inicia na primeira parte de três a falar sobre os princípios fundamentais que devem ser considerados pelas organizações do futebol dentro deste contexto.
O primeiro fala sobre a "Carta de Princípios", conforme segue:
(a) Espírito Desportivo/Fair Play: assumir um compromisso formal quanto ao cumprimento dos princípios estabelecidos pelo Fair Play Code (Código do Espírito Desportivo), da Fifa;
(b) Ética: firmar, de forma clara, concisa e transparente, uma carta de princípios éticos que se incorporem na estrutura organizacional do clube a fim de regulamentar a atuação de todos os envolvidos, dentro do Espírito da Responsabilidade Social.
No que diz respeito a código de conduta que delimite as diretrizes do departamento de formação, apenas São Paulo Futebol Clube, Grêmio de Football Porto-Alegrense e Sport Club Corinthians Paulista o entregaram para este pesquisador.
Tais resultados apontam para a existência de um ambiente ainda informal de trabalho dentro dos clubes brasileiros ou pouco transparente, motivo pelo qual se propõe a estandardização de processos e redação formal de uma carta de princípios, a ser cumprida integralmente pelos colaboradores do clube.
No que diz respeito ao Fair Play Code, instituído pela Fifa, observou-se a existência de certo desconhecimento sobre o mesmo, que apresenta um texto muito mais abrangente que a simples questão dos valores gerais do desporto e o respeito perante os adversários, imensamente divulgados pelos meios de comunicação social. O texto aprofunda temas relacionados ao combate à violência, o combate ao racismo, a honra aos princípios do futebol e o combate ao uso de drogas por parte dos atletas.
A responsabilidade social e o futebol
Segundo Bento (2004), quando fala sobre o “princípio do fair play”, introduz a temática afirmando que “o desporto é parte integrante da sociedade e, por isso, subordina-se ao sistema de normas e valores nela predominantes. Ou seja, aparentemente não há valores específicos do desporto, diferentes dos valores vigentes no contexto social”. Neste campo, continua com uma reflexão de demagogia que a sociedade faz sobre o fair play, quando a mesma não adota tais princípios na prática comum das relações comunitárias.
No entanto, Pires (1998) exemplifica a situação de protecionismo que se dá a certas atitudes no esporte e que são condenáveis na realidade do ambiente empresarial: operações como a criação de monopólios na produção de matérias-primas, que inviabilizam empresas de menor porte e impedem o desenvolvimento da livre concorrência (propalada base do sistema liberal/neoliberal), parecem ser muito mais condenáveis, do ponto de vista moral, do que a “catimba” de um atleta que consegue, através de encenações, a expulsão de um adversário, o que enfraquece a outra equipe em benefício da sua (Pires, 1998).
Por esta reflexão, muitas vezes se aceita muita coisa em um jogo de futebol que não seria admitida no cotidiano social. Assim, o Fair Play Code nasce da preocupação da Fifa em transmitir para o mundo uma visão melhor do futebol, ao delimitar princípios norteadores em termos desportivos, éticos e morais da modalidade. Por este motivo, a CIRESP-FUTE 2009 sugere a assunção de compromisso formal sobre o Fair Play Code como meio educacional para os atletas em formação e consequente aplicabilidade quando chegarem ao profissionalismo, além de possuir reflexo sobre o comportamento como cidadão.
Já o Código de Ética, que pode aparecer em documento único juntamente com os dispositivos cumpridores do Fair Play Code, deve abranger o relacionamento entre conselheiros, sócios, funcionários, fornecedores e demais partes interessadas, além de definir responsabilidades sociais e ambientais. A divulgação entre seus diversos stakeholders desta carta de princípios éticos é um dos alicerces para o cumprimento deste quesito, com base nos ideais de responsabilidade social corporativa.
Na definição de critérios para a qualificação de empresas e organizações quanto a sua responsabilidade social, a apresentação de um Código de Ética (ou conduta) é fator fundamental para ser considerado um bom cidadão corporativo. Este pré-requisito aparece nos indicadores do Instituto Ethos, da Bovespa, do Dow Jones Susteinability Index, do FTSE4 Good e em inúmeras referências de autores respeitados."Códigos de conduta estabelecem e explicam os princípios nos quais uma organização ou um profissional atua. Está implícito em qualquer código de conduta os valores organizacionais/institucionais que podem ajudar os gestores e empregados na solução de problemas relacionados com a questão ética. Códigos de conduta servem como suporte para que os empregados atuem de maneira positiva (...) se for bem feito, os códigos de conduta podem ajudar a criar um clima ético dentro da organização". (Crosset e Hums, 2005).
Em resumo: os clubes, como organizações que são, precisam assumir formalmente seus papéis e princípios quanto a formação dos atletas. Não é possível admitir que as tomadas de decisão em campo tão importante fique na total dependência dos valores e princípios individuais do gestor e das pessoas envolvidas (treinadores, preparadores físico, fisiologistas e outros). A questão dos princípios é algo muito maior e deve respeitar a cultura histórica do clube e sua evolução ao longo do tempo.
No próximo texto trataremos da transparência e o balanço social.* Geraldo Ricardo H. Campestrini é mestre em Gestão do Desporto pela Faculdade de Motricidade Humana; Bolsista Fifa (“Havelange Scholarship” – CIES/FIFA) e professor da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE).
** Realizada com os Coordenadores do Departamento de Formação de: Grêmio de Football Porto-Alegrense, Sport Club Internacional, Paraná Clube, Clube Atlético Paranaense, Coritiba Football Club, São Paulo Futebol Clube, Sport Club Corinthians Paulista, Sociedade Esportiva Palmeiras, Cruzeiro Esporte Clube, Clube Atlético Mineiro, Clube de Regatas Vasco da Gama, Botafogo de Futebol e Regatas e Fluminense Football Club. Santos Futebol Clube e Clube de Regatas do Flamengo não receberam este pesquisador para a aplicação da entrevista.