quinta-feira, 29 de abril de 2010

LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE E O SISTEMA DE GESTÃO DE PROJETOS

CAROS AMIGOS,
Confiram o que Ricardo Paolucci escreveu no site CIDADE DO FUTEBOL sobre a Lei de Incentivo ao Esporte e gestão de Projetos:
Na aplicação dos conceitos de gestão e planejamento estratégico, cinco fases devem ser respeitadas, nesta ordem: concepção, formatação, execução, controle e prestação de contas
Ricardo Paolucci

Pouco mais de três anos após sua aprovação, a Lei de Incentivo ao Esporte (LIE – 11.438/06) começa a entrar numa nova fase. A preocupação inicial com a formatação dos projetos e suas respectivas aprovações junto ao Ministério do Esporte vão dando lugar a outro aspecto: como executar, controlar e prestar contas do que foi captado?

O momento da aprovação, repleto de alegria e comemoração, pode transformar-se numa bomba-relógio prestes a explodir no instante da prestação de contas e consequente análise pelo Tribunal de Contas da União.

Nunca é demais lembrar que o projeto surge da necessidade de resolver algum problema identificado ou incrementar ações que já são praticadas, mas que precisam de melhorias para atingir os objetivos desejados. Por isso, o orçamento previsto deve ser compatível com a realidade financeira do proponente. Uma instituição cujo orçamento anual seja próximo de R$ 1.000.000, poderá ter problemas para comprovar, por exemplo, um projeto da ordem de R$ 10.000.000.

É fato que determinadas áreas administrativas, de alguma forma, farão parte da realidade do projeto, entre as principais: finanças, contabilidade, suprimentos, recursos humanos, jurídico, comunicação e marketing. Por isso, a recomendação aos dirigentes das instituições proponentes é que, antes de optarem pela LIE, realizem um diagnóstico de viabilidade, levando em conta que o projeto deve adequar-se à estrutura existente, e não o contrário.

Mais do que o preenchimento dos formulários, a LIE exigirá dos responsáveis a aplicação dos conceitos de gestão e planejamento estratégico. Visando contribuir com a discussão, o quadro abaixo apresenta um resumo de todas as etapas que farão parte do processo.


O modelo proposto combina as funções da Teoria Clássica da Administração (planejamento, organização, direção e controle) com o conceito do Ciclo de Vida do Produto utilizado pelo marketing. Para o nosso caso, dividimos o ciclo em cinco fases: concepção, formatação, execução, controle e prestação de contas, assim detalhados:

1. Concepção – arte de pensar (planejamento)
Processo de criação e idealização do que se pretende realizar; diz respeito ao momento inicial, o brainstorming do projeto, devendo apresentar respostas para quatro questões:
* O que desejamos (o que será desenvolvido);
* Para quem (qual o público beneficiado, quantidade e faixa etária);
* Como (de que forma será executado – estratégias de ação);
* Quanto (qual o valor previsto para captação).

Uma sugestão é pensar no projeto do fim para o começo, ou seja, da prestação de contas para a concepção. Desta forma, quando surgir uma dúvida de como comprovar uma ação ou despesa, ficará mais fácil respondê-la.

2. Formatação – momento de estruturar (organização)
Definir a disposição e o aspecto de texto e imagens; depois de discutidas todas as possibilidades e necessidades, as ideias deverão ser redigidas conforme formulários disponibilizados pelo Ministério do Esporte, observando atentamente as instruções contidas em seus enunciados. Não se esquecer de anexar declarações e/ou informações que comprovem e justifiquem sua solicitação.

3. Execução – hora de realizar (direção)
Essa fase requer muita atenção e cuidado, pois deverá seguir exatamente os cronogramas – físico e financeiro – aprovados. Vale ressaltar que nenhum item poderá se modificado (incluído ou retirado) após sua aprovação. Portanto, antes de protocolar o projeto, tenha certeza de que todas as demandas foram atendidas.

4. Controle – atenção para acompanhar (controle)
Caberá ao proponente ter o domínio completo de todas as informações e documentos, incluindo extratos bancários, cadastro dos beneficiários diretos, clipagem (fotos e reportagens), notas fiscais, relação de pagamentos, relatório de receitas e despesas, processo de compras e contratação de bens e serviços.

5. Prestação de contas – transparência para comprovar (responsabilidade)
Ao final do prazo estipulado no termo de compromisso, o proponente deverá comprovar que todas as ações previstas foram cumpridas de acordo com a legislação. Por isso, a fase de controle é tão importante, pois, quando realizada de forma correta e organizada, não acarretará atrasos na entrega da documentação.

Convém citar que, obrigatoriamente, todos os projetos deverão passar por esse ciclo e para que isso ocorra da melhor maneira possível, faz-se mais do que necessária a presença de um profissional capacitado: o gestor de projetos. Além de zelar por todas as fases descritas, terá como outras atribuições o contato com técnicos do Ministério do Esporte (quando for o caso) e atualização constante com relação à legislação vigente.

Como pré-requisitos, além de uma formação específica e complementar (graduação, especialização), destacam-se a capacidade de planejamento (curto, médio e longo prazo), disciplina e organização, responsabilidade e transparência – sem contar que a paixão pelo esporte pode ser um grande diferencial.

Um aspecto que deve ser destacado é que esse profissional pode ser pago pelos recursos captados pelo próprio projeto, dentro do limite dos 15% estipulados para as despesas administrativas. Portanto, não há mais desculpas e nem motivos para reclamações. As regras são claras, porém, poucas instituições estão sabendo utilizá-las corretamente.

Durante muitos anos aguardamos por uma legislação que contemplasse o esporte não-profissional – e ela chegou. O momento é mais do que favorável, e o esporte, literalmente, é a “bola da vez” pelo menos até 2016. Por isso, cabe a todos nós, profissionais e apaixonados pelo esporte, zelarmos pelo bom uso dos recursos.

Os beneficiados? Crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, portadores de necessidades especiais, estudantes, atletas, brancos, pardos, afro-descendentes, índios, ONGs, escolas, prefeituras, clubes, federações, confederações, enfim, quem ganha somos todos nós. Amantes do esporte. Amantes do Brasil.

*Ricardo Paolucci é consultor da Incentive Projetos. Graduado em Administração de Empresas e Negócios, profissional de Educação Física, pós-graduado em Administração e Marketing Esportivo, mestre em Administração, Consultor e Gestor de Esportes e Entretenimento, foi também supervisor dos Projetos Incentivados do E. C. Pinheiros e premiado como “Gestor Esportivo de 2009” pela Confederação Brasileira de Clubes
Contato:
paolucci@incentiveprojetos.com.br
FONTE: CIDADE DI FUTEBOL
SITE:

quarta-feira, 28 de abril de 2010

I SIMPÓSIO DE ESTUDOS SOBRE O FUTEBOL


CAROS AMIGOS,


Entre os dias 10 a 14 de maio de 2010 ocorrerá o I Simpósio de Estudos sobre Futebol com parceria entre o Museu do Futebol, o Departamento de História da USP e do Departamento de Antropologia da PUC-SP.


O Simpósio abordara o tema relacionando a produção acadêmica brasileira mais sobre o futebol. Contará com a reunião de pesquisadores já renomados, além de apresentações de pesquisas concluídas ou em andamento em todo o Brasil, fornecendo, assim, condições para um balanço das tendências, dos problemas metodológicos e das perspectivas para o estudo do futebol no âmbito das Ciências Humanas.


O Simpósio está dividido em conferências, mesas-redondas, comunicações individuais e sessões coordenadas. O público-alvo são docentes, pesquisadores e estudantes de diferentes áreas do conhecimento, mas que tenham em comum o foco de pesquisa no futebol, sua dinâmica e cultura, a partir do referencial das Ciências Humanas.


Pesquisadores que já confirmaram a participação nas conferências e mesas-redondas

Anselmo Alfredo (USP)
Antonio Jorge Soares (UFRJ)
Arlei Damo (UFRS)
Fátima Antunes (DPH-SP)
Flávio de Campos (USP)
Hilário Franco Júnior (USP)
José Carlos Marques (UNESP - Bauru)
José Geraldo Vinci de Moraes (USP)
José Miguel Wisnik (USP)
José Paulo Florenzano (PUC-SP)]
Kabengele Munanga (USP)
Leonardo Pereira (PUC-RJ)
Luiz Henrique de Toledo (UFSCar)
Maete Hamadu (Centro de Estudos Africanos)
Marcellino Rodrigues da Silva (UFMG)
Mauricio Murad (UERJ)
Nuno Ramos (INEGI)
Roberto DaMatta (PUC/RJ)
Simoni Guedes (UFF)
Thales Ab’Saber (Sedes Sapientae)
Victor Andrade de Mello (UFRJ).


FONTE: CIDADE DO FUTEBOL


LOCAL:
Museu do Futebol, Departamento de História - FFLCH/USP e Departamento de Antropologia - PUC/SP




SITE DO EVENTO:


EDITAL:


PROGRAMAÇÃO:

SEM MARKETING, SÃO BERNARDO COMEMORA


CAROS AMIGOS,

São Bernardo se junta aos grandes times do estado de São Paulo conseguindo acesso para a Série A1 do Campeonato Paulista de futebol da proxima temporada. Confiram nota veiculada por Rodrigo Capelo para o site Maquina do Esporte:


Sem marketing, São Bernardo comemora

RODRIGO CAPELO Da Máquina do Esporte, em São Paulo

Promovido à primeira divisão do Campeonato Paulista no último sábado, o São Bernardo foi uma das maiores atrações da Série A2. O time do ABC teve média de 6.811 torcedores em suas partidas, mais do que a média de toda a elite na fase inicial (4,7 mil adeptos). E tudo isso sem um departamento específico de marketing.


As ações do São Bernardo têm auxílio de uma empresa terceirizada, que cuida também da assessoria de imprensa do clube. Profissionais que atendem a imprensa e planejam a exposição da equipe são os mesmos que trabalham em conjunto com a diretoria em promoções ou ações para incrementar a média de público no estádio.


Atualmente, a agência está reunindo dados sobre a participação na Série A2 do Estadual. A meta é apresentar esses números ao mercado e facilitar a prospecção de patrocinadores. Na Série A2, o São Bernardo fez promoções que alavancaram o público. Foram feitas parcerias com empresas locais para que ingressos pudessem ser vendidos entre seus colaboradores e familiares.


Como consequência, apenas no último jogo, contra o Pão de Açúcar Esporte Clube, quando a promoção foi assegurada, houve público de 13,5 mil pagantes. Outros assuntos, como a criação de um plano de fidelização para torcedores e a venda de camisas, também são feitos em parceria com a agência contratada. O fato de não possuir um departamento de marketing específico provavelmente se deve ao pouco tempo de vida do clube.


Criado em 20 de dezembro de 2004, o São Bernardo tem como missão representar a cidade no futebol estadual, e tem obtido desempenho bastante positivo. No início de 2005, inscreveu-se na segunda divisão do Campeonato Paulista e conseguiu, logo na primeira temporada, o acesso à A3. Em 2008, garantiu presença na A2 e, em 2011, jogará a A1.


Com a presença do São Bernardo, aliás, o ABC terá representantes de suas três cidades na elite pela primeira vez na história do Campeonato Paulista. São Caetano e Santo André, finalista deste ano, já estavam na Série A1.



FONTE: MÁQUINA DO ESPORTE